O tempo...
Em sua devassidão...
Atordoa-me
Passou por mim
Com a velocidade da luz
Quando dei por mim...
Percebi...
Mudaram as primaveras
É difícil...
Estabelecer-me...
Entre...
A saudade do que passou
E o medo do que virá
Perco-me no agora
Fujo pra lugar nenhum
Corro...
O máximo que posso
Mas...
Não é o bastante...
Não me movo
como gostaria...
Tento voar
Mas...
meus pés fazem parte do chão...
E na demência...
Que entro aos poucos...
Tenho alucinações...
Lembrando...
Dores que nunca senti...
Amores que nunca foram meus
Palavras que nunca pronunciei...
Músicas que nunca ouvi...
Então...
Surgem planos incertos
Para o que virá
Porém são folhas em branco...
Vazias...
Agonizantes...
Perdi o controle de tudo
Perdi o controle que nunca tive...
