quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

De tudo um pouco...

Sempre que me obrigo a ficar em silêncio,
Sinto lágrimas percorrendo meu rosto
Uma dor inexplicável
Toma conta do meu ser
Como se uma lâmina
Rasgasse todos os órgãos dentro de mim.
E mesmo que meu cérebro
Trabalhe ininterruptamente
Fico sem conseguir organizar as idéias
Os pensamentos
Os sentimentos
Toda vez que me permitem
Falar sinceramente sobre algo,
Elas saem pra rasgar profundo
Digo a verdade
Nua e crua
Doa a quem doer
Isso tem ficado
Mais constante
Conforme engulo
De tudo um pouco todos os dias

O sonho não acabou...

O sonho não acabou
Ainda te vejo pelas ruas
Sinto
Que o sonho
Não acabou.
Ainda posso ver...
Teu ser...
O resto de sentimento...
Esgotado pelo tempo.
Quando passa por mim...
Sinto estremecer o chão...
O que já estava resolvido...
Em frente o espelho.
Ganha uma indecisão.
O talvez...
O será...
Aos poucos...
Ocupam espaços
Em meu dia-dia.
Iludido, ludibriado, confundido.
Pelo desejo de querer.
Desiludido por não ter.
Meu coração não sabe
Que rumo seguir.
Antes não tivera olhos
Para ter encarado
O brilho mágico...
Fantástico...
Perfeito...
Do teu olhar.
Antes não tivera amanhecido
O dia que te conheci.
E agora...
O sangue pulsa em minhas veias.
Meu coração...
Tenta me dizer...
Que o sonho...
Não acabou.
Sim…
Ainda não.
Sei muito bem...
Que...
Tudo que vai.
Pode um dia voltar.
Então...
O sonho não acaba aqui.
O sonho...
Não acaba no despertar,
Ele se faz novo
A cada amanhecer.
Se o Beija-flor
Volta-se
Para a simples
Margarida amarela
Após sugar todo o néctar
Da belíssima Orquídea.
Então...
Sonho não acabou.
O sonho
Está dentro de mim.
O sonho
Pode ser sonho
Mesmo acordado.
O sonho
Às vezes
Tem nome de...
Esperança.
Às vezes...
 Tem nome de...
 Loucura.
Mas sempre...
Sempre tem
Teu nome