terça-feira, 1 de janeiro de 2008

ADEUS.

No momento em que receber esta carta, estarei longe de ti.

Se a escrevo agora e distante dos teus olhos...
É pela falta de coragem de dizer-te tudo nos teus espelhos da alma.
Cara a cara, frente a frente.
Sempre me acusastes de covardia, estupidez, preguiça e de falta de iniciativa.
E tens razão.
Descobri que tens toda a razão.
Mas o motivo para esse julgamento vinha de ti.
Da tua forma cerceadora e castradora da minha personalidade.
Nunca deixou que eu fosse quem sou.
Queres alguém que rasteje aos teus pés, e que viva sempre, calado.
Quando chegávamos em casa, depois de me reprimir horas a fio, acusavas-me de ser um tristonho que não sabia dizer nada.
Quando quis sair para um novo desafio fizeste-me perder toda a vontade para a ir adiante mas vejo que foi melhor assim pois sozinho tudo felizmente está correndo muito bem.
Venho conseguindo novos clientes, estou alçando novos vôos, idealizando novos desafios.
Longe desta cidade.
Longe de ti.
Junto a outras pessoas que me estimam.
Não cabe aqui mais recriminações nem acusações.
Sinto-me livre como um pássaro.
Livre para amar e ser amado como mereço.
Sei que encontrarás alguém à tua medida.
Para terminar devo dizer-te que não saio exclusivamente da minha casa por causa de nenhuma outra mulher que se cruzou numa encruzilhada da vida com o meu destino.
Já há meses que esta idéia vinha tomando forma e quis a providência fazer com que nos encontrasse numa altura crucial da vida de ambos.
Eu sairia desta casa de qualquer maneira, desse para onde desse, afinal conquistei esta casa com muito esforço e tenho muita Fé que não vai conseguir tão facilmente tomar ela de mim, mas antes assim que poderei refazer a minha vida de imediato.
Espero que sintas o mesmo alívio ao leres estas linhas que eu senti ao escrevê-las.
Eu vou à luta, vou vencer, e peço a DEUS que abençoe nossos passos SEMPRE.

Nenhum comentário: