segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Voz da consciência...

Sou a voz serena...
Que te chama.
Sou o grito...
Que te inflama.
Sou a mão...
Que te busca.
Sou a alma...
Que te toca.
Sou a essência...
Do teu ser...
Habito...
Na tua luz...
Na tua sombra...
Sou o teu sol
E tu és minha lua.
Sou teu pecado...
Teu sacramento.
Sou chuva de março.
Apaga a poeira...
Depois vai embora.
Sou tua inquietude...
Quando entro no teu âmago.
Sou tua paz...
Teu acalanto...
Sou o veleiro...
Que tu podes navegar.
Mas...
Posso ser...
A despedida no seu porto.
Posso ser...
A linha do meridiano...
Que divide...
Céu e mar.
Sou magnetismo que te chama.
Como a alma imantada.
Posso ser a imagem refletida,
Posso ser teu espelho teu reflexo,
Sou todos os cheiros que te excita,
Mas...
Posso ser a boca que sorve teu mel.
Posso ser amante sereno.
Mas...
Quando me atiça...
Sou uma fera,
Sou o uivo dos lobos da noite.
Posso ser...
Onisciência...
Onipotência...
Pois tua imagem...
Está gravada dentro do meu ser.
Posso...
Desvendar tuas esferas...
Possuir-te...
Com a visão dos anjos.
Trago a chama...
Do teu fogo em meu olhar...
As lembranças
Do teu corpo...
Trazem um quê de pureza e de pecado,
Trazem no rosto...
A transfiguração...
Da menina e da mulher,
E a cada momento que te encontro...
Tenho ainda mais certeza...
Desejo estar contigo...
Sempre...
Vem aqui...
Me faz feliz...

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